A fundação é a parte mais importante de uma construção. Ela é o alicerce necessário para que a obra se mantenha resistente e que, com o tempo, não haja rupturas na estrutura do edifício. Nesse sentido, ter entendimento profundo e qualificado é fundamental para a melhor aplicação e resultados, evitando manutenção prematura e riscos maiores.

Por ter vários tipos, no momento da escolha o profissional precisa estar atento a alguns pontos, como características do solo, peso da edificação, materiais utilizados, projeto estrutural, entre outros.

A fundação é responsável por receber os carregamentos provenientes da estrutura, como peso próprio, sobrecargas, ações de vento e empuxos, por exemplo. Além disso, a fundação também irá transmitir o resultado das ações citadas para o solo ou rocha em que está apoiada. Nas estruturas localizadas acima do subsolo, geralmente são empregados o concreto e/ou aço para receber os carregamentos decorrentes do uso das edificações. Estes materiais são os mais utilizados por serem resistentes e menos deformáveis do que solos e rochas.

Dessa forma, a fundação cumpre o seu objetivo principal: promover estabilidade e segurança à edificação ao suportar e transmitir os carregamentos para o subsolo.  

Confira os tipos de fundações mais utilizados

A fundação pode ser classificada em dois tipos: rasa e profunda. Em cada uma dessas categorias ainda podem haver outros tipos de fundações.

Fundação rasa 

As fundações rasas têm como característica principal a transmissão de carga para o solo pela base. A profundidade de escavação geralmente é igual ou inferior a 3 metros e é feita, em geral, de forma manual. É comumente utilizada em até dois pavimentos e em solos com boa resistência. Por esse motivo, necessitam de menos materiais e acabam tendo um melhor custo-benefício.

No total, podemos encontrar quatro tipos de fundações rasas.

Sapata isolada.

É indicada para terrenos resistentes e com solo firme. A base em planta pode apresentar variedade de formas: quadrada, retangular, circular ou poligonal. 

Sapata corrida

A sapata corrida é uma fundação direta e superficial, comumente utilizada na construção de muros, paredes de reservatórios e casas com vãos pequenos. Caracteriza-se por uma estrutura contínua feita de concreto armado abaixo das paredes. Na sapata corrida, o peso é transferido pelas colunas e distribuído para o solo.

Bloco de fundação

A sua função na obra é absorver a carga e distribuí-la sem a necessidade de armadura, já que são dimensionados de forma que as tensões de tração sejam resistidas pelo concreto.

Radier

O Radier é uma fundação de grandes dimensões em planta que recebe pelo menos 70% as cargas de um edifício. Configura-se como uma placa de concreto armado ou protendido localizado abaixo da construção, em contato direto com o solo.

Fundação profunda ou indireta

Este tipo de fundação pode transmitir a carga através de das regiões: base e/ou superfície lateral.  Geralmente é utilizada em em obras em que os solos superficiais são pouco competentes ou quando se têm carregamentos horizontais muito grandes quando comparados ao carregamento vertical.

Estaca

A fundação estaca é um tipo de fundação indireta. Para conseguir a resistência necessária, é preciso cravar até conseguir alcançar um solo mais competente. Por esse motivo, em geral, as estacas têm mais de 3 metros de profundidade.

Elas podem ser feitas de madeira, concreto pré-moldado, aço e outros materiais.

Tubulões

São elementos cilíndricos revestidos com aço ou concreto. Podem ser usados em dois tipos de construção: a céu aberto ou sob ar comprimido. No primeiro caso, o tubulão é empregado acima do lençol freático e, no segundo caso, é feito abaixo. Em ambos os casos, podem ter base alargada ou não. No caso da tubulação com ar comprimido, é preciso mais cuidado. Os requisitos e normas trabalhistas para a sua construção são guiadas pela NR 18.

Caixões

São conhecidos por ter forma prismática, ser concretados na superfície e instalados por escavação interna. Assim como os tubulões, podem ter ou não a base alargada e ser executados com ar comprimido. Esses são os tipos de fundações mais utilizados na construção civil brasileira. A variedade acontece porque cada tipo de empreendimento tem características particulares e, portanto, necessita de tipos específicos.

Veja como escolher os tipos de fundações certos para a obra

Com tantas opções, como saber qual é a melhor? Simples. A escolha deve ser feita a partir de critérios técnicos.

O profissional encarregado dessa função é o projetista de fundação. É importante que tal escolha seja feita junto ao cliente, afinal, influenciará diretamente no valor final da obra. Ter um limite financeiro é importante nessa escolha.

Contudo, o orçamento financeiro não deve ser um fator norteador. Investir na fundação mais adequada à construção é importante não somente pela qualidade, mas porque a má escolha pode pôr em risco a vida de pessoas.

Por isso, o projetista de fundações deve analisar as características de Arquitetura, os carregamentos da Estrutura e as propriedades do solo. Depois, considerar questões como:

  • Segurança

A solução de fundação não pode ser insegura durante o processo executivo. Os serviços manuais e mecanizados devem ser especificados de acordo com as características de cada terreno e, também, observando os aspectos práticos da região.

Além disso, também deve propiciar segurança durante a vida útil da edificação, não apresentando deformações excessivas que possam levar à inutilização ou ao colapso da obra.

  • Técnica de execução

O projeto de fundação deve considerar a disponibilidade de equipamentos e de mão-de-obra do local do empreendimento. A solução não pode ser impossível de ser executada!

  • Cronograma

Os tipos de fundações devem estar em sintonia com o cronograma ou prazo de execução da obra. Em alguns casos, é mais interessante adotar uma solução de fundação mais cara, mas que seja mais rápida. Afinal, a conclusão da obra em um menor período de tempo é de grande interesse do cliente, principalmente em edificações como shoppings, hotéis e supermercados.

  • Custo

E é claro, a fundação escolhida deve ser aquela de menor custo possível dentro dos três itens citados anteriormente.

Assim, o projeto deve ser rico em detalhes para a otimização do emprego de materiais (concreto, aço, madeira, escavação, aterro etc) e, também, não deixar dúvidas sobre as especificações para que não resulte em prejuízos financeiros e de cronograma.

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